O CARNAVAL NA ANTIGUIDADE !!!!
Carnaval em Veneza Carnaval na Grécia
Relatos
e artefatos históricos deixados por civilizações passadas nos revelam como a
celebração de Carnaval é mais antiga do que imaginamos.
Ao pesquisar sobre os festejos que marcam o Carnaval,
geralmente nos deparamos com a lógica e a significação instituídas pelo calendário
cristão. Sob esse contexto, o carnaval compreende um período de
celebração que antecede a resignação espiritual que inclui o período que vai da
Quarta-Feira
de Cinzas até o Domingo Pascoal.
No entanto, quando observamos as manifestações de outras civilizações milenares
também conseguimos notar a prática de celebrações de tom carnavalesco.
Pesquisando sobre os povos orientais, podemos apontar a anulação
temporária das convenções sociais e das outras distinções que organizavam seu
mundo. Entre os babilônios havia a organização de festas anuais
de verão, conhecidas como Saceias. No seu conjunto, tal festividade era
orientada pela inversão completa das hierarquias sociais. Ao longo de
um período de cinco dias, os servos poderiam incorporar os gestos e
comportamentos de seus superiores.
Outra instigante manifestação organizada durante a Saceia envolvia
a
escolha de algum prisioneiro para ocupar o lugar da autoridade real.
Nesse curto período, o reles detento poderia vestir as roupas do rei, comer em
sua mesa e até desposar as mulheres do mesmo. Após a experiência de regalo e
alegria, o
pobre coitado era submetido à chicotadas e depois morto por algum cruel ritual
de execução. Tragicamente, a inversão da realidade chegava ao
seu fim.
Em outro tipo de manifestação, os babilônios tinham o costume de
assinalar os limites da autoridade monárquica por meio de um curioso
procedimento religioso. Durante os primeiros dias de cada novo ano, um sacerdote retirava
do rei todos os emblemas que indicavam seu poder e o expunha a várias agressões
físicas. Logo em seguida, o rei era levado aos pés do deus Marduk
para declarar que não havia abusado do poder. Finalmente, era novamente
consagrado e a ordem normal das coisas era restabelecida.
Os assírios também
realizavam outra celebração bem próxima de algumas ações comumente observadas
no carnaval de rua contemporâneo. No mês de março, os integrantes dessa
poderosa civilização organizavam uma festa em tributo à deusa Ísis,
divindade de origem egípcia responsável pela proteção dos navegantes. Os seus
participantes costumavam utilizar máscaras durante uma procissão em que um carro
transportava uma embarcação a ser oferecida para a deusa.
Na Roma Antiga, as chamadas Saturnálias
eram festas em que toda a população estava livre das distinções sociais que
orientavam sua vida cotidiana. Durante uma semana, os senhores utilizavam os chapéus de seus
subordinados e ofereciam comida aos seus serviçais. Na mesma
época, um rei era sorteado para ter todos os seus desejos prontamente
atendidos. Dessa maneira, a tradição renovadora que assinala o carnaval pode
impressionantemente atravessar os séculos.
Após a disseminação do cristianismo
e a consolidação da hierarquia católica, as festas carnavalescas sofreram diversos episódios de perseguição.
De acordo com os líderes da Igreja Cristã, as inversões e situações fantasiosas
afrontavam o mundo criado pelo Senhor. No entanto, mesmo com sua influência e
poder, a
Igreja não conseguiu dar fim a essas festividades que ainda se
mostram vivas em diversas culturas espalhadas pelo mundo.
Fonte: Google/História do Mundo.
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