HUMANIDADE: PARA ONDE VAMOS????





Estamos no meio do ano 2020. Poderia, parodiando um título do cinema, dizer que foi um ano em que vivemos perigosamente. Falamos de política como nunca, discutimos com amigos e parentes, elegemos novos governantes, mas refletimos pouco sobre o que verdadeiramente importa: a humanidade.

Completamos, neste ano, 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Mais do que um documento, é um compromisso mundial em preservar o que há de mais caro aos seres humanos. Deveríamos, nas páginas de jornal, na mesa do bar, nos grupos de WhatsApp ou nas rodas de família, ter falado mais sobre isso.

 Não falamos, mas sempre é tempo. Ou melhor: este é o tempo.

Os 30 artigos da Declaração reafirmam o que é sagrado e essencial para a sobrevivência de nossa espécie. Dignidade, liberdade, direitos individuais. Ninguém pode ser discriminado por sua raça, cor, credo ou orientação sexual. Ninguém pode ser torturado, degradado, escravizado, desonrado, perseguido.

Não é o que acontece, infelizmente. Nem aqui, nem em muitas partes do mundo. Há uma infinidade de direitos violados todos os dias. Faltam atenção e reação a flagrantes privações dessas garantias. Sinto informar, mas nós, parte da elite, contribuímos com nossa omissão para piorar esse quadro. Concentração de renda em excesso e falta de comprometimento com questões sociais, sustentáveis, ecológicas e humanistas levarão o planeta ao colapso, se não colocarmos em prática atitudes coerentes com a proteção do mundo e das pessoas.

Existe uma preocupação legítima de que a onda conservadora que inunda as nações, inclusive as desenvolvidas, afogue as minorias; de que os novos governos, aqui e lá fora, comandem um retrocesso em relação aos direitos já conquistados. Se caminhamos até aqui em marcha lenta para discutir temas espinhosos, como aborto e casamento entre pessoas do mesmo sexo, agora, é provável que esses assuntos sejam negligenciados.

Voltaremos a deliberar uma pauta perigosa, como as armas e a redução da maioridade penal. Armar a população e aumentar o encarceramento só vão elevar à potência máxima o grau de violência por aqui. Convido a todos a olhar para a nação e até o planeta como nossa casa. Há muita coisa fora do lugar, muita bagunça, eu sei. Mas a faxina não se limita em varrer a poeira para baixo do tapete. Vamos lavar a alma antes de arrumar a casa.

 

Caminhamos para nossa autodestruição

Cada vez mais provável que a humanidade, gradativamente, caminhe para a autodestruição ou, pelo menos, por muito tempo, fazer as próximas gerações viverem mal, pior ainda nas camadas mais pobres do planeta, fadadas a um horizonte subalterno e não cidadão. Afirmo. E espero quem possa me contradizer.
Alguns revolucionários que tentaram parar? Misturo-os, pois a essência é a mesma. Confúcio, Gandhi, Lincoln, Thomas Jefferson, Danton, Robespierre, Lênin, Gandhi, Keynes, Trotsky, Che Guevara, Alexandre Frota (poxa, não dá para resistir a um pouco de galhofa, né?).
Sim, a essência do que escrevo poderia estar circunscrita à destruição do meio ambiente em áreas rurais mundiais altamente produtivas, às emissões de gases de efeito estufa, à canalhice do esgoto urbano permitida por más gestões municipais. Também. Mas não só. 
Vou às relações interpessoais que caminham mais céleres do que as ambientais e climáticas até a deterioração máxima. Violência, controle de fluxos migratórios, novas doenças, pouco interesse em favorecer o comércio municipais, estaduais  pobres, líderes cada vez mais parvos.
Certo é que nada melhorará, num campo ou noutro. Tudo fará as próximas gerações viverem mal, pior ainda se nas camadas mais pobres do planeta. Desigualdade irreversível. Uma nova Guerra Mundial?
Não pensem que escrevo isso pensando apenas no Brasil. Aqui não temos um País, mas uma Federação de Corporações que acelera mazelas e decepções. O que penso se espalha, em velocidades maiores ou menores, em territórios.  Talvez, escape o simpático gordinho e galhofeiro norte-coreano, desvio padrão a nos divertir.
Ainda mais depois que Donald Trump revelou viver entre aparelhos de ar condicionado, lareiras e possuir resistentes guarda-chuvas.
Devemos torcer para que o saldo seja positivo dessa pandemia. Até o governo brasileiro teve um comportamento bastante razoável em suas intenções. Como tudo o mais que vem ocorrendo no Brasil e nos estados e nos municípios e falo de nossa  Marataízes.
... Mas não se vá ainda. Ajude-me  a manter de pé as opiniões do VOZ de MARATHAYZIS.

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