JURISTAS X STF !!!!
O GOLPE JÁ FOI DADO
Finalmente, os grandes juristas do país
começam a se manifestar contra as arbitrariedades e autoritarismo do STF.*
O jurista Evandro Pontes foi
entrevistado pela colunista Ana Paula Henkel, para falar sobre os recentes
fatos envolvendo o Supremo Tribunal Federal e os atos de seus ministros que
levaram a uma enxurrada de pedidos de impeachment.
Mestre e doutor em Direito Societário
pela USP, Evandro Pontes defendeu que há um golpe de Estado em curso.
De fato, Pontes defende que o golpe
já ocorreu.
Pontes iniciou a entrevista afirmando
que “estamos assistindo a uma quebra constitucional irreversível.
O STF já cruzou linhas que constituem
verdadeira atividade paraestatal”.
Após uma explicação de como se define
um golpe de Estado, ele afirmou:
“Ora – para mim é claro e mais do que
óbvio que esse golpe já ocorreu.
Na medida em que o STF age a latere
do sistema, age de forma a violar a própria constituição, o próprio STF já
consolidou um verdadeiro golpe de estado em que todos os poderes foram
criminosamente usurpados pela Corte: ela julga, ela investiga, ela legisla, ela
manda abastecer navios, ela atua como executivo e impede a extinção de
conselhos, ela impede o executivo de enxugar a máquina – enfim, o golpe de
estado já foi dado diante de nossos olhos e ninguém simplesmente não fez nada
para restaurar a ordem”.
Em resposta à surpresa da
entrevistadora, que questionou se não se trataria de atos isolados de alguns
ministros, com crimes isolados de responsabilidade, Evandro Pontes respondeu:
“Adoro o professor Carvalhosa, a quem
tenho como Mestre muito querido, mas neste ponto eu discordo de meu Mestre sob
o ponto de vista estratégico.
Veja: quando uma ordem do STF é
emanada por um Ministro usando papel timbrado da corte e todos os demais se
calam, não há dúvida que esse silêncio integra a decisão ilegal dada pelo
colega.
O silêncio da corte quando um sistema
paraestatal é montado e levado a plena operação, significa exatamente que a
ilegalidade contaminou irremediavelmente a atuação dos demais ministros.
Exemplo contrário disso foi o do
Desembargador Favretto: ao tentar lançar mão de um expediente ilegal, a Corte
como um todo se insurgiu e impediu que a ordem ilegal saísse com o timbre do
TRF4.
Os demais colegas preservaram a
integridade institucional da Corte.
Se o STF não faz o mesmo e aceita que
ordens sejam emanadas em nome da Corte, a responsabilidade é sim colegiada e
recai sobre aqueles que preferem reclamar na imprensa (que não é função de um
juiz) e deixam de agir como juízes impedindo que um sistema paraestatal seja
colocado em operação.
O STF é hoje, sem a menor sombra de
dúvida (por isso não falo das pessoas, falo da corte mesmo, pois no caso da
decisão da transferência do Lula, em que houve supressão de instância, a Corte
integrou a decisão com 10 votos favoráveis;
pense-se também no caso do Inquérito
de Censura à Crusoé: foi claramente um ato institucional da própria Corte e não
de ministros isoladamente), uma entidade de poder suprema e de atuação
paraestatal.
Suas decisões sequer são respaldadas
em seus próprios precedentes (um indício de que o seu histórico foi
completamente abandonado), nem mesmo na Constituição: basta ler as decisões que
citei e procurar o dispositivo constitucional que serve de base para a decisão
– não há, simplesmente não há.
São atos de puro totalitarismo gestados a
latere.
Desta forma, Ana, o golpe já foi
dado.
Tudo o que decorrer dele é mera
conseqüência de um golpe, jamais será uma resposta em ato isolado ou um golpe a
parte ou contragolpe.
Já estamos na marcha da história para recobrar
o sistema que já foi rompido por iniciativa clara e descabida do STF (e,
repito, a responsável por isso é a corte sim e não os ministros isoladamente)
ou simplesmente aceitá-lo.
“A escolha agora cabe
ao povo brasileiro”.
NÃO DEIXE UMA DITADURA
SER CONSOLIDADA NO BR.
DITADURA DO STF POR
MEIO DE GOLPE JURÍDICO.
ESSA MATÉRIA, TEMOS O
DEVER DE DIVULGAR.
Comentários