DIA MUNDIAL DA DOAÇÃO DE ÓRGÃOS !!!!
Hoje o Brasil comemora alta de 16% nos transplantes
No
dia Mundial da doação
de órgãos,
Ministério da Saúde registra recorde de 1662 doadores no primeiro semestre
deste ano em comparação ano passado. Apesar deste número recorde de 16% sobre
2016, o déciti de órgãos é muito grande.
Um único doador pode salvar dez vidas. De
cada oito potenciais doadores de órgãos, apenas um é notificado.
Diante disso, o Governo lançou uma campanha
para sensibilizar as famílias de pacientes com morte cerebral.
Atualmente, 26.507
pessoas aguardam por um rim; 11.413, por córnea; 1.904, por fígado; 389, por
coração; 203, por pulmão; e 64, por pâncreas.
A falta de
conhecimento sobre a vontade do parente são as principais barreiras para a doação de órgãos no Brasil. O
estado de Minas Gerais é o local do Brasil onde há a maior aceitação familiar.
A campanha publicitária para estimular a doação de órgãos voluntária no
País tem o slogan “Seja um doador de órgãos. Seja um doador de vidas.”
Serão distribuídos 200 mil cartazes, 500 mil
folders, anúncios em jornal e revista, outdoors, peças para internet e redes
sociais (Facebook, Orkut, You Tube),
entre outros. A campanha ficará no ar durante 15 dias.
O Brasil é muito elogiado pela Central Única de Notificação,
Captação e distribuição de órgãos, instituição que coordena a captação e a
alocação dos órgãos, baseada na fila única, estadual ou regional.
O potencial doador cadáver
Considera-se como potencial doador todo
paciente em morte encefálica. No Brasil, o diagnóstico de morte encefálica é
definido pela Resolução CFM n° 1480/97, devendo ser registrado, em prontuário,
um Termo de Declaração de Morte Encefálica que descreva todos os elementos do
exame neurológico que demonstrem ausência dos reflexos do tronco cerebral, bem
como o relatório de um exame complementar que assegure esse diagnóstico.
Morte encefálica
Morte encefálica e
coma não são sinônimos. No estado de coma o encéfalo está vivo, executando suas
funções de manutenção da vida. Na morte encefálica, apenas o coração pode
continuar batendo, em razão de seu marcapasso próprio, e por pouco tempo, o
suficiente para o aproveitamento de órgãos saudáveis para transplante. O
diagnóstico definitivo da morte encefálica é confirmado por exames que
demonstrem a ausência de fluxo sangüíneo intracraniano.
Quem pode ser doador de órgãos após a morte?
Para ser doador após a morte não é necessário
portar nenhuma documentação, mas é fundamental comunicar à própria família o
desejo da doação posto que, após o diagnóstico de morte encefálica, a doação só
se concretiza após a autorização dos familiares, por escrito, o que, na dependência
do órgão a ser transplantado, exige, por vezes, rapidez. Coração, pulmões,
fígado e pâncreas só podem ser transplantados se removidos após a morte
encefálica e antes da parada cardíaca; a retirada de córneas e ossos pode ser
feita até 6 horas após a parada cardíaca; e, no caso dos rins, o limite é de um
máximo de 30 minutos após a parada cardíaca.
Quem pode ser doador vivo?
Em princípio, o
doador vivo é uma pessoa, em boas condições de saúde, capaz juridicamente, ou
seja, maior de 21 anos e que concorde com a doação, não existindo um limite
superior de idade. Por lei, pais, irmãos, filhos, avós, tios, primos de
primeiro grau e cônjuges podem ser doadores, desde que haja compatibilidade
entre o sistema ABO do receptor e dos possíveis doadores. Os doadores não
parentes só podem doar em condições especiais, após liberação judicial,
conforme dita a lei n° 10211.
Como posso ser doador?
Hoje, no Brasil, para ser doador não é
necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. Basta comunicar sua
família do desejo da doação. A doação de órgãos só acontece após autorização
familiar.
Que tipos de doador existem?
Doador vivo – Qualquer pessoa saudável que
concorde com a doação. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado,
parte da medula óssea e parte do pulmão. Pela lei, parentes até quarto grau e
cônjuges podem ser doadores; não parentes, somente com autorização judicial.
Doador cadáver – São pacientes em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com
morte encefálica, geralmente vítimas de traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral). A retirada dos
órgãos é realizada em centro cirúrgico como qualquer outra cirurgia.
Quais órgãos e tecidos podem ser obtidos de
um doador cadáver?
Coração, pulmão, fígado, pâncreas, intestino,
rim, córnea, veia, ossos e tendão.
Para quem vão os órgãos?
Os órgãos doados vão
para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única,
definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada Estado e
controlada pelo Ministério Público.
Como posso ter certeza do diagnóstico de
morte encefálica?
Não existe dúvida quanto ao diagnóstico. O
diagnóstico da morte encefálica é regulamentado pelo Conselho Federal de
Medicina. Dois médicos de diferentes áreas examinam o paciente, sempre com a
comprovação de um exame complementar.
Após a doação o corpo fica deformado?
Não. A retirada dos órgãos é uma cirurgia
como qualquer outra e o doador poderá ser velado normalmente.
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